sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A CORAGEM E NOSSAS EMOÇÕES

Tenho ouvido com muita frequência as pessoas dizerem que precisam de coragem para realizar coisas do dia a dia tipo: uma roupa diferente, um corte de cabelo, um novo caminho, uma nova emoção.
Será que é preciso coragem para algo tão cotidiano?
Eu acredito que não. Para mim é preciso coragem para entrar em uma dívida grande ( comprar uma casa ), pular de para-quedas, pular na piscina / mar ( rs rs rs rs rs ), andar de balão, ser piloto de fórmula I, por filhos no mundo, criar esses filhos e mais ainda se for fazê-lo sozinha, separar-se, trocar um emprego fixo pelo seu sonho,  assumir seus erros e arcar com as consequências disso, brigar por um ideal, acreditar em você quando o mundo inteiro grita: NÃO!!!!!,  e tantos outros que nos fazem tremer na base e pensar: será que vou conseguir?  Será que dou conta do recado?
Assumir sua palavra, sua responsabilidade, seus sonhos e desejos, respeitar o outro e a si mesmo, independente do mundo, para isso sim é preciso coragem, é preciso peito, é preciso ser muito macho ( mesmo sendo menina,  kkkkk).
Não sou perfeita e passei perdi muito tempo com coragens bobas, mas aprendi que o mundo vai além e se quisermos seguir devemos mergulhar de cabeça e não por a ponta do pé.
E se nos machucarmos? Bem, é simples. Passa pelo período de luto, cura as feridas, junta os caquinhos, cola tudo muito bem com "bonder" e se joga de novo, porque a vida só vale a pena se é feita de emoções, todo o resto deixamos: a roupa que não vestimos, o perfume que nunca usei, a lingerie perfeita, os sonhos não realizados, o abraço não dado, o beijo reprimido, o carinho evitado.....vamos embora vazios de emoção, de aventura, mas inteiros, sem um caquinho fora do lugar, será que a vida valeu a pena?
Acho que não. Devemos ter bom senso, mas viver é essencial.....

Beijos a todos e reflitam.

FÉLIX E A VIDA REAL

Como já disse em uma de minhas postagens não sou noveleira, mas vez por outra alguma coisa me chama a atenção e a bola da vez é o personagem Félix da novela Amor à Vida.
Ele é mau, tem um coração amargurado, além de querer acabar com quem se põe diante dos seus propósitos, mas será que ele é tudo isso mesmo?
Nesta semana foi ao ar a cena onde os personagens tomam conhecimento de que ele depositou a filha da irmã adotiva numa caçamba, achando que a mesma havia morrido no parto.
Lógico que a atitude dele foi imperdoável, mas quando ele começa a explicar o que levou a tomar a atitude, o gesto.... fiquei pensando no quanto os pais são responsáveis pelo que vai na cabeça dos filhos.
Um bebê é sempre um bebê, e como todo ser diminuto chama para si todas as atenções e como isso fica na cabeça da criança mais velha?
Eu sei como fica. Fui filha única por 4 longos anos, cresci entre adultos e não me lembro se fui "paparicada" durante este período porque minha memória não alcança, mas sei que quando minha irmã nasceu, eu tive uma sensação de abandono, me senti como um brinquedo antigo que a gente põe de lado quando ganha um novo.
Passei muitos e muitos anos com essa sensação de estar atrapalhando, nunca quis matar minhas irmãs, nem primas, nem sobrinhas, porque gradativamente essa sensação ia aumentando conforme chegava crianças novas. Ao contrário do Félix me habituei a ser posta de lado, e fui levando minha vidinha.
Dizer que não machucou, que não magoou seria hipocrisia minha, a dor é bem aquela mesmo, do fundo da alma, mas o que fazer? Matar? Não, as crianças não tiveram culpa, os adultos é que não souberam lidar com a situação, as marcas ficam na gente, mas põe-se um "mertiolate" e se a ferida teimar em abrir a gente vai lidando com ela de acordo com a situação.
Hoje tenho 2 filhos, um menino e uma menina.
Quando fiquei grávida da minha filha, minha primeira preocupação e comprometimento com meu filho foi jamais pô-lo de lado, jamais estimular a concorrência entre eles, jamais ter preferências explícitas, aceitá-los com suas qualidades e defeitos e reconhecer em cada um o ser especial que representam.
Acho que tenho conseguido, fácil não é, mas vou tentando, não quero que sejam Félix e Paloma no futuro e sei que não serão, meu filho dá um de bravo com a irmã, gosta de irritá-la e de por apelidos que eu não tolero, mas ao menor sinal de indisposição ou chateação da pequena, ele vira seu protetor, seu melhor amigo, seu enfermeiro....chega a ser comovente.
Não quero perdoar o personagem até porque ele foi muito longe, mas como saber o que passa num coração desprezado?  Mas acho que devemos prestar muita atenção aos nossos filhos, está sob nossa responsabilidade a formação dessa criança que será o adulto de amanhã.
E lembrem-se: nem sempre é necessário ir embora para se abandonar alguém....

Boa reflexão....beijos

foto: www.templosagrado.tikal.blogspot.com.br

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

COMO NASCEM OS BEBÊS?

Meus filhos já fizeram essa pergunta quando eram mais pequeninos e dei a resposta básica:" Papai pôs uma sementinha na barriga da mamãe, e a sementinha cresceu e virou você, depois de um tempo, quando já estava grandinho, você nasceu"
Naquela época essa explicação serviu para eles com seus 6 ou 7 anos, mas sexo e como viemos ao mundo ainda é um assunto polêmico e que nos deixa de cabelo em pé. 
Pode ser que uma ou outra mãe, ou algum pai consiga se sair bem da pergunta, mas é complicado, e para ser simples, o ideal é que não minta para a criança e fale de  forma que ela entenda porque é através desses questionamentos  que vamos criando os vínculos, os laços com nossos rebentos.
Eu explico. Fico verde, roxa, rosa, furta cor, mas respeito a curiosidade deles e vou respondendo, tomando o cuidado para focar exatamente no que perguntaram, para não ir além.
Ouvi dizer que devemos perguntar por que a criança quer saber, meu perguntava sempre porque eu queria saber sobre qualquer assunto, eu acho que não pergunto aos meus pequenos, na realidade não me lembro, pois sempre esqueço que eles estão crescendo, e que são crianças em desenvolvimento, e quando a pergunta surge, fico em choque e tenho que disfarçar que é bem natural.....( risos ).
Meus filhos já passaram da fase do como nascem os bebês, já ando conversando com minha pequena sobre menstruação,  pergunto se "namora", o que é namorar para ela, essas coisinhas.
O menino já é mais arredio, respeito o jeito dele, mas se acho que está acontecendo algo, vou indo pelas beiradas e pergunto, às vezes sou mais objetiva, outras menos, afinal é um novo enfoque, o outro lado da questão.
Quero manter os laços, quero estar próxima, ter sempre a porta aberta para todos os assuntos, sejam quais for. 
Entendo que as vezes pode ser meio constrangedor, mas se eles não conversarem comigo, a mãe, ou tirarem alguma dúvida com o pai, ou com as tias e o tio que são mais próximos, tirarão onde? Na rua? 
Muita coisa eu tive que aprender assim, muita coisa fui obrigada a aprender na prática, afinal naquele tempo ( anos 80 ), o senhor "google" nem existia, e livros sobre educação sexual era praticamente um tabu. 
Qualquer coisa que perguntava era motivo para achar que queríamos fazer algo de errado, então o medo era muito maior. Podíamos perder o mínimo de liberdade que tínhamos.
Eu devia estar no colegial, quando a professora pediu autorização para ministrar aulas de educação sexual, e como quem decidia esse tipo de coisa era meu pai, tinha que pedir permissão direto para ele, senti um alívio sobremaneira na voz dele quando eu disse que a professora de biologia ia falar sobre o assunto e precisava da autorização por escrito. Ele quase escreveu uma carta de agradecimento à professora por pegar para si algo tão difícil.
Hoje, tudo está mais fácil, as novelas e programas de TV acabam mostrando mais do que devem, e por este motivo as crianças ficam mais curiosas, mas quando a gente trata o assunto com naturalidade ( o máximo possível para nós ) eles acalmam e prestam atenção, acabando também sentindo que é natural.
Fácil, não é, mas garanto vale a pena.

Boa sorte e beijos a todos.

Foto: e-mocoes.blogspot.com.br

domingo, 22 de setembro de 2013

Maturidade e Liberdade

A separação deixou em minha alma uma marca difícil de ser apagada, mas a pouco tempo entendi que não deve ser eliminada, deve ser absorvida e através dela devo  amadurecer.
E como é complicado conseguir essa tarefa. 
A superação da dor, da humilhação, do cansaço causado por um ato falho, que calou profundamente no coração, e todas as consequências que se sofre por isso nos traz a certeza da derrota emocional e pessoal.
Eu tenho reconhecido alguns sinais de maturidade em mim, e junto com eles a liberdade de alguns atos. 
Seguir o caminho da libertação, implica em ter coragem e ousadia para pensarmos menos no que o outro vai dizer e mais no que é importante para para nós.
Estar diretamente ligada aos seus sentimentos e necessidades mais do que a aprovação de quem for, afinal, nossa vida nos pertence, e não sabemos o que é bom ou ruim para nós, quem dirá quem não está na nossa pele.
Outra coisa que se aprende vivendo as situações que vivi é que nada dura para sempre, nenhuma situação, condição ou qualquer outra coisa sobrevive para sempre, somente nosso espirito, e quando voltar nem  se lembrará totalmente do que aconteceu, por isso, devemos viver de acordo com o que achamos bom para nós, e com o que nos deixa feliz.
Cada um sabe do que necessita, a cada ano que passa começamos a entender que a juventude é apenas uma flor e que como tudo, tem seu ciclo; quando o ciclo acaba restam as raízes, que não são belas, mas é o que sustenta literalmente a flor. Concluo então que a beleza, é efêmera, assim como tantas outras coisas em nossa vida, e o que vale mesmo é o que conseguimos construir de sólido, de concreto, de sustentável para seguirmos.
A vida pode ser vazia, mas não precisa....
Todos temos coisas boas para mostrar e mesmo quando não conseguimos enxergar-las algumas pessoas conseguem, e talvez nesse momento esteja a magia, enfim.
Boas buscas. 
Eu estou me descobrindo a cada dia, com simplicidade, aceitando meus defeitos, buscando minhas qualidades e querendo distribuir o que vejo de bom no mundo.
Tente você também, afinal a vida é boa, mas não é fácil e se fosse fácil que graça teria? Através das dificuldades descobrimos nossa capacidade de mudança, nossa flexibilidade e adequação.
O mundo é do jeito que é e nós não podemos alterá-lo, mas podemos fazer isso conosco. 

Beijos

foto:site www.ocontradioriodenos.com.br

sexta-feira, 19 de julho de 2013

E SE EU NÃO ESTIVER AQUI AMANHÃ?

Duvido que esta pergunta não tenha passado muitas e muitas vezes nas  cabeças das mães que são separadas e tem filhos pequenos ainda, que, de uma forma ou de outra, precisam de sua assistência.
Eu, até algum tempo atrás, evitava tal pensamento, mas fui obrigada a cair na real, após alguns exames de rotina que não ofereceram o resultado que eu esperava, seguidos de uma internação por estresse, resultando em níveis altos de diabetes e pressão.
Conclusão: Não somos eternas. Somos frágeis, somos seres humanos ( você achou que era uma mulher maravilha?!!!!  risos ), passíveis de adoecer e de morrer, como qualquer outro ser vivente sobre a Terra.
Neste momento exatamente, estou em mais uma discussão, que eu sei que será infrutífera, pois a pessoa com quem falo não possui a capacidade de assimilar opiniões diferentes da dele.
Isso tem me deixado muito e muito nervosa ( 02 dias com dor de cabeça está bom para vocês?).
Também tenho minhas deficiências de assimilar como uma pessoa que, deveria ser responsável por outras vidas, só consegue enxergar seu próprio umbigo.
Será que todas nós vivemos o mesmo drama? Creio que não. Isso depende muito das escolhas que fizemos, dos termos onde a história tomou outros rumos, de como começou e porque acabou.
Os sentimentos que tenho são muitos e nenhum positivo; entre tantos outros a decepção comigo (afinal eu fiz a escolha ) é muito maior e não posso negar que  na maioria das vezes esse sentimento me congela para outras relações. Estou tentando, mas  é muito complicado se arriscar, mas se não me arriscar como saberei se sou capaz?
O grau de exigência subiu muito para um relacionamento sério, então aguardo e vou vivendo
Eu não achava que seria um risco, mas a maturidade me ensinou isso, antes dela, eu  estava meio perdida, buscando caminhos que talvez não me pertenciam, mas em muitos eu insisti em seguir.  Errei e agora só me resta levantar a cabeça e dar a volta por cima.
O pavor de deixar meus filhos sem a minha presença física ainda é uma constante, ainda é uma possibilidade, como eu disse, sei q não sou eterna, mas queria ficar mais tranquila.
Entender que somos frágeis e humanas nos dá a certeza de que temos que preparar nossos pequenos para a vida, para o mundo, mesmo não querendo abandoná-los nunca.
Se você tiver a sorte de poder deixá-los com alguém que os ame tanto quanto você ótimo, caso contrário, devemos orar, rezar e pedir a Deus que tenha piedade de nossas crianças e nos conserve por mais um pouco.....

Beijos.....

Foto: papel parede windows

segunda-feira, 1 de abril de 2013

LUTO DA ALMA


Sabe quando todas as coisas que você acredita e toda a fé que você deposita em alguém vão por terra?
Quando seus sonhos mais preciosos vão desvanecendo aos seus olhos e aos poucos tornam-se pó?
Assim é que começa o luto da alma.
Tem vezes que precisamos de dias para nos recuperar, às vezes precisamos de anos e ainda assim não conseguimos apagar as dores, os traumas.
Viver implica em termos uma boa dose de paciência e carinho conosco para cuidar dos ferimentos, das aparar o choro, acalentar a alma.
Já passei por algumas situações assim em minha vida. Algumas muito difíceis, ao menos naquele momento e com a mala de experiências que eu tinha.
Tem algumas que eu ainda fico remoendo, deglutindo, absorvendo, para ver se dói menos, ou se terei coragem de ousar outra vez, mas certas ousadias exigem muito do nosso estado emocional.....e eu ando bem carente nesta parte.
Tudo que é objetivo exige uma ação, coisas da alma exigem mais, exigem coração, exigem envolvimento e desprendimento, e não estou pronta para isso.
Fico observando os casais de namorados, normalmente os adolescentes, onde a experiência é completamente nova, primeiro amor....ah, como é lindo perceber nos olhares a adoração, a paixão brotando, a cumplicidade ( e cá entre nós, hoje em dia já não acontece com todos ), toda a inocência do começo. Sou arremessada ao passado e lembro do primeiro beijo tão desajeitado que dei (kkkk), mas tão importante para mim, talvez nada comparado com o que vai acontecer aos meus filhos, ou o que aconteceu com vocês, mas tão especial, que consigo me lembrar até da roupa que eu estava (kkkkkk).
Todos temos emoções saudosas que nos fazem pensar num momento de decepção "por que não fui por ali?" e hoje eu até me atrevo a responder: " Porque não era seu caminho ."
E como escolhemos outro caminho, se nos machucarmos, devemos curar as feridas, mas ao nosso tempo, não tem remédio para esse tipo de dor, então temos que ter paciência muittttta paciência.
É comum de não se querer um novo envolvimento  por medo da dor, mas quanto a gente não se machuca negando o que ainda podemos oferecer de bom, de amor?
Minhas reflexões me fazem acreditar que perdemos muito tempo nos protegendo e que às vezes precisamos de alguém que se atreva a querer arrancar da gente o que guardamos com tanto cuidado.
Acreditar no que ouvimos pode salvar nossa alma, principalmente se soubermos que é verdade, que é real. 
Ter consciência de suas qualidades e se envolver com você mesmo pode trazer um benefício enorme, além de lançar suas expectativas à frente. 
Quando me perguntam quantos anos eu tenho, faço questão que a pessoa deduza, sei que aparento menos idade, porque é genético na minha família, mas ouvir de outrem que você está muito bem reforça a auto estima e deixa seu dia mais bonito.
Tente verdadeiramente cuidar de você, dos seus sentimentos para que esteja pronta a receber o que a vida tem de melhor para oferecer.
Fácil não é, exige vontade, esforço, dedicação e coragem. Por que coragem? É muito fácil sentar e ficar observando o mundo, se queixando da vida, difícil é levantar e ir à luta, com tudo que ela pode oferecer.
Beijos a todos.


Foto: www.mulheresquecomandam.com.br

sexta-feira, 8 de março de 2013

E AGORA, MARIA?


Já faz algum tempo que estamos tomando as frentes de trabalho das empresas, dividindo as atividades da vida profissional com a doméstica, e a cada dia,  respondendo por mais responsabilidades, por mais tarefas.
Nós queremos a perfeição: ótimas profissionais, filhas irrepreensíveis, mães excepcionais, esposas adoráveis e amantes sedutoras. ( Aff ! !!! ).
E damos conta? Não sei. Somos humanas, cometemos erros, falhas e tentamos dia após dia acertar, e mesmo tentando, vez por outra, erramos.
A cobrança da sociedade é fichinha perto do que esperamos de nós, e isso nos faz adoecer, perder limites, murchar; mas não desistimos porque o que mais queremos é vencer, custe o que custar.
Aprender a conviver com os erros e acertos da vida cotidiana é necessário, mas será que somos capazes de reconhecer a nossa humanidade, a nossa fragilidade, os nossos extremos?
Eu tento, mas ainda não sou capaz, minha esperança é conseguir um dia.
Certa vez, li um artigo onde a escritora desabafafa sua insatisfação em ter que assumir tantos papéis ao mesmo tempo e ainda criticava as incentivadoras do movimento feminista. Será que não seríamos mais felizes se ainda ficássemos em casa, cuidando dos filhos, do lar e com a parte mais "leve" da vida ?
Eu não conseguiria. Tenho dentro de mim  aquela vontade de descobrir, de aprender, de liberdade para realizar os meus projetos, os meus desejos.
Talvez eu seja meio radical, mas faz parte da minha personalidade, do meu jeito de encarar a vida.
Já pensei, em épocas de férias, quando a vida é mais amena, em mudar tudo: largar o trabalho e viver de artes; quase como uma "hippie"; mas sinceramente? Eu não sei por quanto tempo isso vingaria.
Gosto de dar opinião, de arrumar as coisas, de ajudar a solucionar problemas, de fazer de cada dia, um novo dia. Nem sempre o dia será bom, mas é bom quase sempre.
Bem, Marias, Joanas, Franciscas, e toda essa inifinidade de mulheres que concivem conosco reflitam: a vida é linda, e cheia de nuances; sempre teremos várias opções e cada uma delas terá a sua consequência; mas o que realmente importa é que você alcance o que mais almeja: a felicidade.

Beijos a todas e um ótimas comemorações.

Fotos: http://sinhacroche.blogspot.com.br/2012/03/dia-internacional-da-mulher.html

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O BEBÊ CRESCEU... E AGORA?


Noite dessas, numa de nossas conversas, minha pequerrucha veio me dizendo que seu irmão seria "dono do próprio nariz" aos 13 anos. 


Achei graça da história, mas não perdi a oportunidade de fuçar um pouco mais no assunto e então saí com essa: " Realmente seu irmão será dono do próprio nariz aos 13 anos. Ele vai poder dizer ao nariz dele se pode ou não espirrar, e com essa idade só iisso."

É engraçado como o mecanismo da mente das crianças funciona. Eu me lembro que queria sair de casa aos quinze anos ( risos ), tinha certeza que ia sair de casa e cuidar do meu próprio nariz, mas a gente começava a trabalhar mais cedo, tínhamos sonhos diferentes do que as crianças tem hoje em dia, mas fiquei ao mesmo tempo aturdida e surpresa.
Não estou muito acostumada com meu menino, tão bonzinho, doce, bem humorado ir se transformando em um adolescente cheio de ira do mundo, encrenqueiro e mal educado.
Claro que passei por essa fase, e acreditem ou não, eu era uma peste. Uma pestinha bem parecida com ele, cheia de contestação, cheia de razão, cheia de argumentos, lembro também de minha mãe gritar muito comigo, mas, olhando hoje, acho que ela não gritava, o tom de voz dela é alto mesmo ( risos ). Sentia-me a incompreendida, a desprezada, o fantasma indo de lá para cá sem ser notada, mas preferia não ser notada.
Ele não, impõe sua presença, fala grosso e algumas vezes chega a ser estúpido. Sigo podando meu " ogrinho", tentando fazê-lo entender que as pessoas podem ser tratadas de outra forma, mas vou te contar: como é complicado essa história de adolescente, credo!
Consigo ver no fundo, bem no fundo que aquele menino, o da primeira fase, ainda está lá, talvez meio confuso, cheio de dúvidas, talvez não. Ele tem o péssimo hábito de ser introspectivo, observador e reúne todas as armas necessárias para o ataque e as usa, às vezes meio torto, outras certeiras, e eu, a mãe, vou lidando com os humores oscilantes da criança em crescimento, em desenvolvimento.

Aos poucos vou entendo o que quer dizer: "Ser mãe é padecer no paraíso." . Simples assim e tão complicado como isso pode parecer.

Vai ser complicado, mas já passei por algumas outras fases, hei de conseguir sair dessa também, nem vencedora nem vencida, apenas aprendendo que o ser humano é uma coleção de caixas que abrimos uma a cada fase.

Beijos a todos

Foto: htpp://colunas.revistaepoca.globo.com