Este blog é o resultado de uma conversa de final de expediente, quando mulheres se reunem e trocam algumas confidências, às vezes tristes, Às vezes irônicas, outras tantas engraçadas. Afinal, a vida gente é assim mesmo, cheia de altos e baixos , cheia de amores e desamores, cheia de esperanças e desiluções, regada de alegrias e algumas tristezas.
O título também saiu em conjunto, nessas conversas, tão frutíferas, tão intensas, em algumas vezes, tão recheadas de vivências.
Vou pincelar minha história, e gostaria, q sempre que quiserem, me contem um pouco da de vcs, para fazermos matérias juntas e aprender um pouco mais com a vida e conosco.
Não casei cedo, aos 29 adentrei ao altar ao lado do meu pai, todo orgulhoso.
Naquele tempo, tenho muito claro na minha mente que, achava, de coração, q fazia a coisa certa.
Que seria amada e q amaria, por toda a vida.
Alguns amigos próximos tentaram me avisar, mas às vezes, nossos ouvidos não entendem, ou não querem entender.
Nunca fui muito namoradeira, tive poucos namorados, alguns ficantes, mas minha perspectiva de vida era constituir uma família e batalhar para as coisas que todo mundo quer: uma casa linda, um carro para facilitar a vida, filhos para coroar o casamento... Sonhos meus, somente.
Namoramos quase 7 anos, e ficamos casados por quase 7.
Durante o namoro, ele tinha alguns comportamentos que eu não gostava muito, mas achava que podia superar, tinha certeza que gostava de mim, ou queria acreditar muito nisso.
No início do casamento, tudo era lindo, tudo fofo, um doce de pessoa... Até eu engravidar ....
Não brigava, mas fazia birra, me provocava, me irritava com as pequenas coisas, me humilhava na frente dos outros, como se eu fosse muito fresca, muito cheia de nove horas. Passei mal a gravidez inteira, o tempo todo enjoada, durante 8 meses, dores de cabeça horríveis, um sono que me torturava, era só encostar que eu dormia. Para ele era pura frescura. Passei, sozinha por toda essa dor, q me afligia a alma. Todas as mudanças da gravidez, além da pressão alta, devido ao bom tratamento que eu recebia. Ás vezes perguntava a Deus porque ele tinha se casado comigo, se não gostava do meu corpo (sempre estive acima do peso, inclusive antes e durante o namoro ), não gostava de mim. Deus estava aguardando para me responder.
Meu filho nasceu no dia 27/12, dois dias depois do Natal, quando na véspera, ele foi comprar os presentes das minhas sobrinhas, não trouxe o q eu queria e ainda fez pouco de mim, na frente de algumas pessoas. Deu uma tristeza tão grande, queria muito sumir, evaporar. Guardei aquela raiva por 3 dias, no 3º fizeram a cesária, meu filho estava em sofrimento fetal e minha pressão 20/18.
Voltei para casa e o encantamento com o menino parecia que tinha melhorado um pouco astral, estávamos aparentemente bem... Até meu pai adoecer gravemente e iniciarmos uma perigrinação para visitá-lo e logo em seguida eu engravidar da minha filha.
A pressão era tanta que quase que meu ginecologista, um amor de médico, pediu para conversar com ele. A tristeza era eminente no meu olhar que vivia cheio de lágrimas, tamanho o desprezo que ele me dava, brigas diárias com meu filho q não tinha 2 anos ainda, tudo era motivo para ele criticar, para me irritar.
Dessa vez foi pior, a água da bolsa estava baixa devido a pressão que não abaixava, graças amigos que me ajudaram na época, buscando coco verde para eu beber a água, durante viagens, que o nível da água voltou ao normal, o pai da minha filha pouca importância deu ao fato.
Quando a situação chegou nesse ponto, com meu pai internado, eu com praticamente 7 meses de gestação, resolvi: peguei meu filho lindo e fui para casa da minha mãe. Ele ia acabar matando minha filha e a mim.
Depois de algum tempo meu pai se foi , perdi um amigo muito querido e minha filha nasceu. Passado alguns meses tomei coragem e voltei.
Mas as coisas pioraram, ele quse não parava nos empregos e a vida seguia dura. A tristeza tinha tomado conta da minha alma.
Certo dia, olhei no espelho e me perguntei: onde está aquela mulher com um bilho vívido no olhar, com esperança e força para lutar, com coragem de acreditar no amanhã? Eu sabia onde ela estava: se afogando na tristeza, na solidão da vida a dois, na humilhação de quem não conseguia melhorar, e numa gama imensa de tantas frustações, de tantas lutas em vão, de tantas crenças que foram jogadas ao chão, sem um pingo de respeito.
Ainda aguentei um tempo, as coisas pioraram, tivemos mudar para a casa da minha mãe, que nos cedeu um quarto. Eu sabia q não seria fácil, mas não tinha idéia do que ainda me aguardava...
Ele se fechou, se tornou uma pessoa de insuportável convivência. Passava todas as horas que estava em casa trancado no quarto, se as crianças se aproximavam ele gritava e as mandava sair, sempre aos berros.
Meus finais de semana eram infernais. Eu queria trabalhar todos os dias e por 24 quatro horas, não queria voltar para casa. Meus filhos eram os únicos q conseguiam me manter firme, meus motivos de alegria.
Em um certo dia, do ônibus, minha irmã viu ele com uma mulher em certa praça, e logo depois dela, minhas primas viram ele beijando a mulher. Eu já tinha pego algumas evidências aqui e ali, mas vc nunca quer acreditar, acho q o mundo vai cair na cabeça e vc vai se estrabicar toda. Dei tempo ao tempo. Conversei, expliquei o ocorrido e avisei: se mais alguém vier me falar alguma coisa, qualquer coisa, não tem volta, acabou.
Dois meses depois, minha prima veio me falarque ele estava desfilando no centro da cidade que moro com outra mulher. Detalhe, eu trabalhava até às 20hs00, tinha sido promovida e estava ralando para aprender o serviço.
Primeiro não queria ir, depois tomei coragem e fui, flagrei ele com a mulher quase enfiada dentro dele.
Não fiz escândalo, chorei muito, naõ sei se de raiva, de ódio ou de tristeza por ter sido tão tonta.
Pensei em dar outra chance, insegurança de momento, mas como que eu ia olhar para aquela cara sem sentir ódio? e o pior que o ódio não seria dele, seria de mim por ser tão tonta.
Tomei coragem e falei que não queria mais nada com ele. Ficou algum tempo em casa, pois nem os parentes queriam ele de volta. Saiu em um sábado, por volta das 6hs da manhã para ninguém vê-lo.
Não sei dizer qual foi a sensação, mas aos poucos fui descobrindo.
Descobrindo a vida e a alegria voltando aos poucos para minha alma, o brilho do olhar, há tempos perdido, estava ali,novamente.
Voltei a cantar, o sorriso voltou a ser fácil, criei coragem para novos projetos, algumas empreitadas, coisas de tempos e tempos. Perdi o medo de aparecer.
Hoje sou uma pessoa melhor, estava tudo guardado dentro de mim, mas precisei de um sacolejo da vida para aprender, passei por tudo, agradeço a cada dia a Deus por ter me ajudado nos momentos ruins, e ressalto que não tenho coragem de pedir mais nada, porque sei que tudo que ele podia fazer por mim ele fez quando eu mais precisei. Hoje, sinto sua presença por perto, sempre, mas peço para que ele só me proteja das coisas ruins e das más influências.
Aprendi q td tem seu tempo e sua hora e nada acontece por acaso, nada, absolutamente.
Tudo tem permissão de Deus e nosso consentimento. Somos totalmente ativos nas situações que vivemos, porque sempre temos escolhas e nós é que fazemos, mais ninguém.
Bom, é isso, em breve estarei postando novas histórias, novas mensagens e opiniões.
Bjs e não deixe de comentar, diga o q achou da matéria se torne um (a ) seguidor (a).
Oi Ká!Fiquei emocionada ao ler esse seu primeiro artigo no novo blog. Sei que muitos outros virão, com a mesma qualidade que este!Boa sorte! E muita inspiração pros novos artigos!!!Beijos!!!!!
ResponderExcluirobrigada, tô. Eu também fiquei emocionada. Esse tema me fascina, as relações humanas são sempre interessantes. Bjs e obrigada
ResponderExcluirAmei, e tenho certeza que todas nós acabamos a nos indentificar com sua história.
ResponderExcluirOlha que tem muitas kátias por ai, eu tbm tenho inumeras, algumas delas vc já conhece, CLAAAAARO as mais divertidas....rs.
Lindo amei,me inspirou....rs
Logo terei o meu.
Me emocionou tb !!!
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