terça-feira, 16 de maio de 2023

EXPECTATIVAS


 Há muito tempo que aguardo o momento que poderei parar de trabalhar.

Muitas pessoas, e muitas mesmo me questionam sobre isso.

Por que você quer parar "tão nova", como se eu tivesse 20 anos de idade e uma vida inteira pela frente.

Trabalho há 36 anos, desde dos meus 15 anos, 8 horas diárias, muitas vezes estudando e trabalhando sem folga nos fins de semana que eram usados para trabalhos e estudos.

Desses anos, há 21 que sou dona de casa, mãe de família, passando noites em claro, e tomando os sustos da maternidade, que só uma mãe conhece.

E tenho que ouvir que sou nova...

Quero liberdade para fazer meus artesanatos, dançar, ler, ouvir músicas fora do ambiente corporativo, não ter compromisso com o relógio de ponto, e muito menos prestar contas das minhas visitas aos médicos, ou ao parque quando me der vontade.

Sair para respirar o ar puro, e brincar com o sol ou simplesmente fazer nada e ficar feliz com isso.

Minha mente quer prestar serviço ao ócio, a escrever todos os livros que tenho na minha mente, e os que ainda não chegaram nela, a compor as musicas que brincam com meus versos, ou simplesmente cantar.

Aprender um instrumento, piano, e tocar, enchendo a vida de mais alegria; do que intrigas do dia a dia.

Viver é muito mais que acordar cedo e ir trabalhar... é tirar um pedacinho para degustar o prazer de estar vivo, por mais 1, ou 30 anos....


terça-feira, 6 de abril de 2021

SINTOMAS DA PANDEMIA

 Olá, pessoas queridas.

Ando bem sumida, eu sei; mas não podem esquecer que minha vida deu uma virada há dois anos. 

Agora sou mãe de família em  tempo integral e como isso muda a vida da gente, meu Deus! mas essa  conversa ficará para outro dia.

Hoje quero desabafar sobre essa pandemia sem fim, porque no Brasil tudo que é passageiro, uma fase, torna-se eterno.

Não sei como vocês, no intimo, estão lidando com isso, para mim é horrível e essa não seria a palavra que eu usaria realmente, ela não resume tudo o que sinto, mas é a mais adequada neste momento.

No principio, acreditei que conseguiria passar por isso de boa, em julho contrai a doença, fiquei em casa por quinze dias, e estou imunizada pela doença até hoje. 

Todos em casa tiveram sintomas, minha irmã caçula, que trabalha na área médica, nos trouxe o presente , mas foi a mais prejudicada, o pulmão dela foi atacado e se não fosse o médico que a atendeu e verificou através do exame de tomografia que ela estava contaminada, teria passado por outra coisa, pois os demais exames não acusaram a doença, e ela poderia ter morrido. 

Nós tivemos sintomas leves, meu filho  perdeu o olfato e o paladar e ainda não se recuperou por completo.

Por estes dias, senti como se uma onda estivesse chegando perto e destruindo tudo, perdemos dois conhecidos próximos, muito mesmo, e a dor, que sentia pelos outros já era grande, agora ficou maior ainda.

Não entendo a cabeça desses que promovem festas clandestinas, ou dos adolescentes que acham que a imunidade é a arma deles. Isso não existe!!! São assassinos carregando o vírus para dentro de casa e exterminando seus pais e avós, além deles mesmos.

Estou triste, muito triste. Procuro não ser muito informada, porque não adianta eu ter a informação se a única coisa que posso fazer é cuidar e mudar a mim. Então declino de saber quantos morreram, quantos estão internados e tanta coisa mais, dói demais.

As notícias continuam a chegar, cada vez que olho o facebook alguém perdeu um parente ou um amigo querido, filhos estão ficando órfãos de pais e mães, e, as pessoas que poderiam mudar alguma coisa se digladiam para saber quem tem a razão.

País triste este, com medo de perder benefícios, com medo de ser decente, com medo de ser correto. 

Sinto-me mais doente hoje do que há alguns anos, uma doença da alma, porque a alma que pena quando a mente não consegue obter resultados corretos. É ela que segura a onda e quando não consegue mais adoece, quer fugir, quer se esconder. 

Faz dois anos que não saio literalmente de casa. Corro para resolver o que não tem resolução pelo celular, vou ao médico para que minha saúde não piore mais, faço pilates e iniciei a dança do ventre, para tentar garantir a sanidade mental, tomo meu remédios corretamente, mas ainda assim, no fim da tarde, quando todas as tarefas do dia foram concluídas, a minha vontade é de chorar. 

Chorar por todos que foram, pela falta de controle desse vírus, pela falta de respeito ao ser humano, aos médicos e toda a equipe que esforça-se para manter os ambientes adequados para os atendimentos, por todos que necessitam se expor para por os alimentos dentro de casa, por aqueles que não tem o que por dentro de casa e muitas vezes nem a quem recorrer, pelas pessoas que não conhecem o desespero de não poder oferecer nada àqueles que esperam pois não tem de onde tirar.

Nossos corações estão mais sensíveis, mas muitas vezes esquecemos que todos deviam alimentar-se todos os dias e não somente uma vez por semana, ou na páscoa, ou no Natal, e essa situação que estamos vivendo está demonstrando isso.

Eu nunca tive que encarar uma realidade desta, quando criança e adolescente, meus pais trabalhavam duro para por o alimento dentro de casa e não faltar nada para que fossemos à escola, pois antes o "governo" não fornecia nada, muitas vezes os professores pediam um pouco a mais de cada um que pudesse comprar e esse material era fornecido ao aluno necessitado, sem que os outros soubessem; eu mesma fiquei sabendo disso há alguns anos, pois na minha cabeça todos eram iguais.

Bom gente, estou me prolongando, e não era o que eu queria, mas já estou mais leve, ao menos para tocar o dia, 

Reflitam. Eu acredito que quem tem sempre pode fazer mais, ou ao menos, não perca a oportunidade, todo aquele que bate a sua porta pedindo alimento  oferece uma oportunidade para que sua bondade flua, meu conselho não julgue, ajude.

Beijos e ótima semana para vocês.







sábado, 24 de agosto de 2019

MATURIDADE

Quando tinha quinze anos achava que nunca completaria 30. Tinha certeza que morreria antes e que ninguém sentiria minha falta, achava que era quase invisível.
Quando completei trinta anos me surpreendi porque estava casada (!!!) e grávida, eu que nunca  imaginei ser dona de casa e mãe, eu que sempre tive certeza que não conseguiria cuidar de mim, agora estava prestes a cuidar de outra pessoa.
Prestes a completar 37 anos e com dois filhos pequenos, pedi a separação depois de uma traição, na realidade tudo já estava ruim, a traição só terminou de destruir o que já estava ruindo.
Vida nova, recomeço, muitas lutas... Como é difícil crescer...
Hoje, as portas dos meus 48 anos, consigo ver que por mais difícil que tenha sido, estou conseguindo seguir.
Nem tudo saiu como eu idealizei, mas Deus sabe de tudo, de absolutamente tudo e as atribulações do dia a dia vamos resolvendo, como um novelo de lã com nós, desmanchando um a um.
Aprendo a cada dia com meus filhos, com meus gatos, com a vida e me aperfeiçoando em tudo que posso.
A vida tem um sabor diferente agora, mais leve e agridoce.
Estou saboreando, degustando essa fase.
A maturidade é fantástica, tem seus detalhes: a menopausa, a alteração de humor, os ossos que se manifestam, mas estou encarando como consequências do envelhecimento.
Descubro a cada dia um motivo a mais para ser feliz...
E acho que tem que ser assim, e me sinto muito bem assim...
Beijos enormes e ótima maturidade para vocês,



segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

LEMBRANÇAS DO ANO VELHO


O tempo tem passado rápido, um sopro.
2018 foi um ano de conclusões, algumas que eu nem esperava.
As crianças estão altas, grandes e felizes...
Enfim estamos na nossa casa, uma agradável surpresa que Deus nos preparou pelos caminhos que só ele conhece, e através das mãos de minha irmã tornou-se uma realidade.
Outras coisas vão se ajeitando, se arrumando no tempo certo. 
Os sonhos continuam rondando minha cabeça, mas agora posso ter calma, mais calma.
Minha filha retornou para as aulas hoje com vontade de ir, toda feliz porque reviu os amigos, porque está todo mundo junto de novo, outra menina.
Meu filho ainda está se recuperando, podemos dizer que esta rebelde da fisioterapia: tem que fazer mas acha que é bobeira, eu ando encarando como um período sabático, logo ele volta ao normal.
Acostumar às tarefas, por as coisas no lugar e ir andando, sentindo coisas diferentes novas e conhecidas... Estou saboreando essa nova fase.
Que Deus ilumine os nossos caminhos e nos abençoe nessa nova estrada.

Beijos a todos.




terça-feira, 3 de abril de 2018

FILHOS ADOLESCENTES



Ser mãe e "pai" de crianças já é difícil, imagina de adolescentes?
é uma insegurança tão grande porque a gente não sabe se está acertando ou errando, pior quando quer ser diferente, e recebe criticas por esta atuação.
Não quero ser amiga dos meus filhos, quero criá-los para o mundo. Pode não ser do jeito que todo mundo acha, mas queria tentar criá-los sem diminuir, menosprezar, sem envergonhar; fazê-los tomar decisões e arcar com as consequências.
Sem mentiras, porque não quero que mintam, quero que busquem a verdade, que tenham senso critico e aprendam a tirar a própria conclusão sobre qualquer coisa.
Converso com eles sobre tudo que quiserem e também sobre o que não querem, escuto tudo o que dizem, pondero tudo, sem preconceito ou receio, porque quero o canal sempre aberto entre nós, quero participar da vida deles.
Escolhi participar do que ser surpreendida.
A caminhada é meio solitária, ouço todas as opiniões, mas no fim, preciso estar certa do que farei, então, normalmente já tenho uma decisão.
Resumindo: assumi tudo e seja o que Deus quiser e posso afirmar que acima de tudo, só ele para me auxiliar, pois nessa caminhada não existe o caminho certo, existe o percurso se erramos ou acertamos só futuro dirá.


sábado, 2 de janeiro de 2016

FEVEREIRO/2015

O retorno ao trabalho sempre é complicado para mim.
Demoro "seculos" para entrar no ritmo, o corpo quer cama, suavidade, liberdade e a mente tem que pegar no tranco.
Há tempos que o ambiente institucional não tem me deixado feliz. Há um desgaste físico, emocional e psicológico que me faz gastar ainda mais força para continuar, mas enfim, não tem muito o que fazer.
Levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, esse é meu lema; às vezes é complicadoooo, difícil, mas não deixo o desânimo me pegar.
Afinal  sou separada, tenho filhos e sou quase um faz tudo em casa, ao menos na parte administrativa e preciso ter esperança, e correr atrás porque sou eu e mais ninguém .
Tenho que fazer ajustes diário, reanalisar situações, rever meus conceitos, minhas atitudes, sou quase uma mutante (risos), mas a vida tem o dom da transformação e aprendemos que é bem o que Darwin disse:"... Não são os mais fortes que se sobrevivem, mas os que se adaptam melhor às situações..."
Adequar é muito mais fácil do que ficar insistindo em um ponto que não dá certo, e perdemos um tempo danado e precioso, podem acreditar, sei exatamente do que estou falando, e garanto que é melhor ser como a água que contorna as pedras do caminho, do que tentar quebrá-la.

Reflitam.

foto: nectantaurus. blogspot.com.br







JANEIRO/2015

O mês foi bom, tive férias, tive momentos com as crianças.
Fiquei infinitamente emocionada, desbravei novas estradas, aumentei minha autoconfiança.
Retornei ao trabalho com uma sensação de precisar descansar mais, mas, enfim, é preciso continuar.
Estar de férias com a família é bem interessante, eu gosto de estar em casa, perto deles, sentindo o carinho e compensando a falta que eles me fazem durante todo o restante do tempo que estou longe.
É super divertido, a vida fica mais leve, mais fácil e tudo ganha um brilho diferente.
Na realidade família é família, com seus defeitos, suas qualidades, suas manias, conviver da melhor forma é tudo de bom.
Minha família é como qualquer outra, de uns tempos para cá brigamos menos, criamos menos caso uns com os outros, minhas crianças estão naquela fase aborrecente de ser,  as continuam carinhosos, beijoqueiros, querendo colo... Minha mãe, devido à idade está meio implicante, mas faz parte, é só ter paciência, tolerância e tratá-la com carinho. Minha irmã ma é meu braço direito, quase pai das crianças, controla mais, põe de castigo, enfim me auxilia nas questões do dia a dia. Temos nossas diferenças, nossas opiniões e vamos levando, seguindo e sendo feliz.
Nunca imaginei que seria assim, mas passamos por tanta coisa juntos que nos fortaleceu e nos uniu. Não posso dizer que todos os dias estamos felizes como a família do comercial de margarina, mas aprendendo a superar os obstáculos, sempre, e posso garantir juntos fica mais fácil.

Essa foi a lição de janeiro.


foto site: abrata.com.br