Sei bem que os tempos mudam, que as relações mudam, mas está tudo tão confuso que fico pensando até que ponto tudo vai mudar.
Outro dia eu vi uma matéria na internet falando sobre o fim da relação monogâmica.
Não sei se seria o fim, mas as pessoas estão sem vontade de ficarem juntas, basicamente querem alguém para transar, indo um pouco além disso já começa a ficar complicado, não sei se é medo do envolvimento, ou meramente comodismo, mas tá complicado, viu.
Eu mesma não sei exatamente o que quero.
Porque é tão difícil achar o ponto da relação. Quando começo a sair com alguém, fico observando para saber o que realmente vai rolar.
A pessoa te chama para sair, mas às vezes tem um relacionamento, que não é um casamento, não é noivado, nem namoro, aí ela acha que não tem relacionamento (???????), ou então é casado e quer se divertir, ou namora e cansou da rotina.
Acho isso tão estressante. Fala sério: fazemos escolhas durante toda a vida e como, no meio das nossas escolhas, queremos rever o escolhido sem abrir mão do que escolhemos?
Poderíamos escolher entre as relações que citei acima: aberta, entreabertas, semiabertas e fechadas; todos os envolvidos devem estar cientes do que está rolando.
Só que o egoísmo do ser humano não permite essa singeleza de caráter.
Parece que sente-se um prazer de enganar e ao mesmo tempo de possuir.
Está muito complicado.
Sentimento parece que causa fobia, as pessoas tem medo, não querem se machucar, mas podem machucar os outros, não querem respeitar, mas querem respeito, querem fidelidade (!!!!!), mas não querem ser fiéis.
O contexto da relação é importantíssimo, no meu ponto de vista defino as relações da seguinte forma:
Aberta é uma relação sem compromisso, onde os integrantes tem a flexibilidade de curtir a companhia de quem estiverem a fim, sem laços, sem mágoas, sem sentimentos, sem responsabilidades, acusações ou possessividade. Entra e sai a hora que quiser, que der, que estiver afim, não se pergunta nada, apenas curte-se o momento;
Entreaberta ou semiaberta: parecida com a anterior, só que menos flexível, mas com o mesmo intuito: desfrutar da companhia, sem estabelecer laços muito fortes, pode-se sair, e voltar, desde que esteja tudo bem para ambos, e deve-se averiguar sempre se tem mais alguém na parada, e aí cabe-se verificar se continua e assume os riscos, ou termina o relacionamento.
Fechada: essa é mais comum, básica. Quando estamos num relacionamento sério, onde olhamos para a mesma direção e temos o mesmo objetivo. Deve haver confiança, respeito, companheirismo, sinceridade, amor.... Deve-se pensar no outro antes de si, não é assim quando amamos? Conta-se como relação fechada: casamento, relação estável, noivado, namoro; toda e qualquer relação onde os interessados exijam exclusividade, ou que o tom da relação deixe isso claro.
Eu poderia dizer que este tipo de relação está falido, mas na realidade eu não acredito nisso. Creio que é um modelo que deveria ser seguido, pois se as pessoas gostam, amam não deveriam querer ficar, cuidar, e estar perto? E quando o amor, o respeito acabam simplesmente comunicar a outra parte e ir embora? Deixando o outro cuidar das feridas, juntar os caquinhos e continuar seu caminho?
Mas o egoísmo e o machismo ( infelizmente os homens ainda são maioria ) não admite deixar o outro ser feliz, ter o que não se pode mais oferecer....
Claro que posso estar equivocada, mas eu olho para o mundo hoje e vejo assim, amanhã posso olhar diferente, mas está muito complicado mudar o ponto de vista.....
Beijos a todos. Reflitam, afinal o mundo pode ser um bom lugar para viver.