terça-feira, 2 de dezembro de 2014

AO ENCONTRO DE MIM

Minha cabeça está borbulhando com tantas informações e uma vontade imensa de escrever sobre os mais variados assuntos de uma vez só. 
Tenho a impressão de estar sofrendo de uma overdose intelectual, o que não é nada fácil no meu caso.
Assisto séries, sou fissurada pelas policiais,mas neste domingo abri uma exceção e  assisti a duas séries brasileiras que refletem a minha vida atual: "As 3 Teresas" e "Os Homens São de Marte E É Pra Lá Que Eu Vou".
Na primeira, a Tereza mãe é viúva e mora com a Tereza avó e com a Tereza filha.
São vários universos num só local, vários pontos de vista, várias vidas, mas no fim tudo igual.
Tereza mãe procura um homem "perfeito" ou que tenha no mínimo as qualidades importantes para ela, sendo assim, está namorando um moço, e eventualmente sai com outro, pois os dois se completam (essa história me soa familiar..); Tereza filha, adolescente, 17 anos, a fase não sou mas posso ser, tem um namoro aberto, mas sente ciúmes se o "namorado" sai com outra, além de querer provocar ciúmes no mesmo, beijando o professor...; Tereza avó, eu diria que ela é a adolescente de meia idade, que procura emoções que não pode ter na infância, via de regra é a confidente da neta, e fica ao lado dela, assim como às vezes não.

Na segunda série adorei o tema: mulher separada, com mais de 40, sem filhos, que, pelo que ela pensou, já tentou de tudo: o amor da vida, o homem perfeito, o imperfeito, sexo casual, sexo por sexo, relacionamentos abertos e que agora parou. Chegou à conclusão que se tiver que acontecer, acontecerá ( eu duvido um pouco dessa filosofia, mas não percorri todos os caminhos ainda).

Fico pensando: nós tivemos um caminho árduo até aqui, brigamos contra preconceitos, nos masculinizamos, estudamos, trabalhamos fora.
Provamos para nós mesmas que somos capazes, inteligentes e temos jogo de cintura e agora? O que nos falta?
Voltar às raízes?Ser a dona de casa impecável, a mãe perfeita e zelar por um casamento "feliz"...
Não sei vocês, mas eu estou cansada. Mesmo quando acontece a separação, que temos filhos, ficamos com a parte mais trabalhosa, prazerosa também, mas não tem como negar que exige muito de nós.
Temos que vestira armadura e ir para a guerra diária, enfrentar os dragões do trabalho,  os leões do trânsito, e enfim, quando chegamos ao lar, temos que enfrentar a escravidão dos trabalhos domésticos, e quando chegamos no presente de Deus, estamos cansadas sem energia e paciência.
O final do ano piora um pouco a situação, eu sempre quero colo nesta época, mas isso está em falta no mercado, é um tempo de reflexão, mas sinceramente? Tem anos que prefiro não refletir, queria mesmo hibernar.

Enfim as séries me fizeram pensar o que realmente quero de hoje para frente, e serão pensamentos longoooos.

Espero que para vocês também. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

REPAGINANDO SENTIMENTOS

Há algum tempo estive envolvida com uma pessoa muito especial.
Alguém que me fez perceber as possibilidades amorosas que estavam ao meu alcance, mas por esses revezes da vida, que nunca entendemos e que não nos cabe entender, apenas aceitar, acabou.
Primeiro a sensação foi de indignação, seguida por outra de raiva, e mais uma de tristeza e enfim minha conhecida: a rejeição.
Não vou saber explicar a dor profunda, como se abrisse um buraco, e a dor jorrasse.
Onde, em alguns momentos, senti meu coração com uma pequena chama, agora é só o gelo novamente.
Depois de todo esse tempo, nunca imaginei que isso pudesse acontecer novamente, e tenho tentado a todo custo arrancar essa dor no peito, mas ela não sai.
Achei que poderia ser o orgulho se manifestado e não aceitando a derrota de ser substituida por outra pessoa e pior, não fazer a menor falta.
Muitas pessoas costumam dizer: " ele não te merecia.", mas será que eu o merecia?
Não sei e não vou saber.
O sentimento que tenho é que vou jogando as coisas fora, tirando loucamente, mas não esvazia, a dor está aqui, parecendo que quer se esconder para reaparecer no pior dos momentos.
Vou vivendo, porque já sobrevivi a outros males, e tenho a vida toda pela frente, tenho sonhos e desejos.
Vou ficar com as lembranças do toque, da voz, do riso, do carinho.
Não devo chorar pela dor de perder, mas devo me alegrar por ter vivido.
Acredito que em algum momento eu vá chegar nesse estágio, mas não agora.
Ainda estou na fase de luto....
Um luto que se tornou uma luta, porque quero me livrar, mas volta e meia está tudo lá, acenando para mim.
Muito complicado esse negócio de sentimento, de se deixar levar pelas emoções, um dia  eu aprendo, um dia eu chego lá, tenho fé, mas até esse dia chegar....
Ao contrário do que possa parecer, não tenho raiva, só esse sentimento de  descarte, mas, de certa forma, tenho até a agradecer.
Achei que não sentiria mais nada parecido por alguém, nem algo tão singelo. Descobri que ainda sou capaz de gostar amorosamente de alguém.
Os outros "gostares" eu sei que sou capaz, assim como os outros tipos de amor, mas me apaixonar de novo, isso me parecia impossível.
Sempre achei que adolescentes viviam este tipo de sentimento, e talvez eu seja adolescente... aos 42 anos... vai saber?
Vivemos de forma diversa, alguns marcam os anos, as experiências, os sentimentos.
Eu vivo num redemoinho de sensações, de forma muito intensa, como eu nunca vivi em toda a minha vida, estou me dando o direito de sentir, de viver coisas e situações que não tive a chance anteriormente, mas como costuma-se dizer: estamos vivos para viver.
E vou seguindo, caindo aqui, levantando lá. Em algum momento isso há de passar, afinal as coisas desaparecem, somem, só nos cabe deixar o tempo agir, a poeira acumular, que aos poucos se esquece a intensidade do sentimento, e assim nos preparamos para mais uma aventura.
C'est la vie!
E é bela, muito bela.

E o amor, bem ninguém melhor que Vínicius de Moraes para nos lembrar:

"...Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
..."

O que me falta é aplicar essa frase incondicionalmente em minha vida.

Beijos a todos

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

SENTIMENTOS...SENSAÇÕES...

Ouço as músicas no rádio e parece que todas sabem das sensações que estão envolvendo meu espirito.
Falam de amor,  de perda, de paz, de paciência e de solidão.
Todos os sentimentos deram o ar de sua graça na minha alma, promovendo e preparando-a para levantar-se, para seguir...
Devemos viver tudo intensamente,  os ruins principalmente, para não deixar vestígios.
Devemos chorar, com a alma, com os olhos, intensamente, para que a sensação ruim saia de sua vida de uma vez, para ser libertada e dessa forma estar pronta para as novidades, para continuar vivendo leve, linda e feliz.
Tudo sem pressa, no seu momento. 
Esquecemos que devemos cuidar de nós com o mesmo carinho e dedicação que cuidamos de um ente querido, ter paciência e fazer de tudo para que esteja em paz, e dentro desta paz possa voltar a ser o que sempre foi: feliz.
Estar vivo implica em passar por coisas boas e ruins, cada uma com a sua carga de aprendizado, de emoção. Devemos respeitar, entender e seguir, estamos aqui para isso.....
Só que às vezes é tão díficil, tão complicado. Parece que a porta fica bem emperrada e demora uma eternidade para melhorar, mas sempre melhora, sempre.
Ter fé é fundamental, ter paciência é essencial, e saber correr atrás de tudo isso é incrivelmente necessário.

Boa reflexão, beijos a todos....

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

RELAÇÕES ABERTAS, ENTREABERTAS OU SEMI-ABERTAS E FECHADAS


Sei bem que os tempos mudam, que as relações mudam, mas está tudo tão confuso que fico pensando até que ponto tudo vai mudar.
Outro dia eu vi uma matéria na internet falando sobre o fim da relação monogâmica.
Não sei se seria o fim, mas as pessoas estão sem vontade de ficarem juntas, basicamente querem alguém para transar, indo um pouco além disso já começa a ficar complicado, não sei se é medo do envolvimento, ou meramente comodismo, mas tá complicado, viu.
Eu mesma não sei exatamente o que quero.
Porque é tão difícil achar o ponto da relação. Quando começo a sair com alguém, fico observando para saber o que realmente vai rolar. 
A pessoa te chama para sair, mas às vezes tem um relacionamento, que não é um casamento, não é noivado, nem namoro, aí ela acha que não tem relacionamento (???????), ou então é casado e quer se divertir, ou namora e cansou da rotina.
Acho isso tão estressante. Fala sério: fazemos escolhas durante toda a vida e como, no meio das nossas escolhas, queremos rever o escolhido sem abrir mão do que escolhemos?
Poderíamos escolher entre as relações que citei acima: aberta, entreabertas, semiabertas e fechadas; todos os envolvidos devem estar cientes do que está rolando.
Só que o egoísmo do ser humano não permite essa singeleza de caráter. 
Parece que sente-se um prazer de enganar e ao mesmo tempo de possuir.
Está muito complicado.
Sentimento parece que causa fobia, as pessoas tem medo, não querem se machucar, mas podem machucar os outros, não querem respeitar, mas querem respeito, querem fidelidade (!!!!!), mas não querem ser fiéis.
O contexto da relação é importantíssimo, no meu ponto de vista  defino as relações da seguinte forma: 

Aberta é uma relação sem compromisso, onde os integrantes tem a flexibilidade de curtir a companhia de quem estiverem a fim, sem laços, sem mágoas, sem sentimentos, sem responsabilidades, acusações ou possessividade. Entra e sai a hora que quiser, que der, que estiver afim, não se pergunta nada, apenas curte-se o momento;


Entreaberta ou semiaberta: parecida com a anterior, só que menos flexível, mas com o mesmo intuito: desfrutar da companhia, sem estabelecer laços muito fortes, pode-se sair, e voltar, desde que esteja tudo bem para ambos, e deve-se averiguar sempre se tem mais alguém na parada, e aí cabe-se verificar se continua e assume os riscos, ou termina o relacionamento.

Fechada: essa é mais comum, básica. Quando estamos num relacionamento sério, onde olhamos para a mesma direção e temos o mesmo objetivo. Deve haver confiança, respeito, companheirismo, sinceridade, amor.... Deve-se pensar no outro antes de si, não é assim quando amamos? Conta-se como relação fechada: casamento, relação estável, noivado, namoro; toda e qualquer relação onde os interessados exijam exclusividade, ou que o tom da relação deixe isso claro.

Eu poderia dizer que este tipo de relação está falido, mas na realidade eu não acredito nisso. Creio que é um modelo que deveria ser seguido, pois se as pessoas gostam, amam não deveriam querer ficar, cuidar, e estar perto? E quando o amor, o respeito acabam simplesmente comunicar a outra parte e ir embora? Deixando o outro cuidar das feridas, juntar os caquinhos e continuar seu caminho?
Mas o egoísmo e o machismo ( infelizmente os homens ainda são maioria ) não admite deixar o outro ser feliz, ter o que não se pode mais oferecer....

Claro que posso estar equivocada, mas eu olho para o mundo hoje e vejo assim, amanhã posso olhar diferente, mas está muito complicado mudar o ponto de vista.....

Beijos a todos. Reflitam, afinal o mundo pode ser um bom lugar para viver.