sexta-feira, 27 de setembro de 2013

COMO NASCEM OS BEBÊS?

Meus filhos já fizeram essa pergunta quando eram mais pequeninos e dei a resposta básica:" Papai pôs uma sementinha na barriga da mamãe, e a sementinha cresceu e virou você, depois de um tempo, quando já estava grandinho, você nasceu"
Naquela época essa explicação serviu para eles com seus 6 ou 7 anos, mas sexo e como viemos ao mundo ainda é um assunto polêmico e que nos deixa de cabelo em pé. 
Pode ser que uma ou outra mãe, ou algum pai consiga se sair bem da pergunta, mas é complicado, e para ser simples, o ideal é que não minta para a criança e fale de  forma que ela entenda porque é através desses questionamentos  que vamos criando os vínculos, os laços com nossos rebentos.
Eu explico. Fico verde, roxa, rosa, furta cor, mas respeito a curiosidade deles e vou respondendo, tomando o cuidado para focar exatamente no que perguntaram, para não ir além.
Ouvi dizer que devemos perguntar por que a criança quer saber, meu perguntava sempre porque eu queria saber sobre qualquer assunto, eu acho que não pergunto aos meus pequenos, na realidade não me lembro, pois sempre esqueço que eles estão crescendo, e que são crianças em desenvolvimento, e quando a pergunta surge, fico em choque e tenho que disfarçar que é bem natural.....( risos ).
Meus filhos já passaram da fase do como nascem os bebês, já ando conversando com minha pequena sobre menstruação,  pergunto se "namora", o que é namorar para ela, essas coisinhas.
O menino já é mais arredio, respeito o jeito dele, mas se acho que está acontecendo algo, vou indo pelas beiradas e pergunto, às vezes sou mais objetiva, outras menos, afinal é um novo enfoque, o outro lado da questão.
Quero manter os laços, quero estar próxima, ter sempre a porta aberta para todos os assuntos, sejam quais for. 
Entendo que as vezes pode ser meio constrangedor, mas se eles não conversarem comigo, a mãe, ou tirarem alguma dúvida com o pai, ou com as tias e o tio que são mais próximos, tirarão onde? Na rua? 
Muita coisa eu tive que aprender assim, muita coisa fui obrigada a aprender na prática, afinal naquele tempo ( anos 80 ), o senhor "google" nem existia, e livros sobre educação sexual era praticamente um tabu. 
Qualquer coisa que perguntava era motivo para achar que queríamos fazer algo de errado, então o medo era muito maior. Podíamos perder o mínimo de liberdade que tínhamos.
Eu devia estar no colegial, quando a professora pediu autorização para ministrar aulas de educação sexual, e como quem decidia esse tipo de coisa era meu pai, tinha que pedir permissão direto para ele, senti um alívio sobremaneira na voz dele quando eu disse que a professora de biologia ia falar sobre o assunto e precisava da autorização por escrito. Ele quase escreveu uma carta de agradecimento à professora por pegar para si algo tão difícil.
Hoje, tudo está mais fácil, as novelas e programas de TV acabam mostrando mais do que devem, e por este motivo as crianças ficam mais curiosas, mas quando a gente trata o assunto com naturalidade ( o máximo possível para nós ) eles acalmam e prestam atenção, acabando também sentindo que é natural.
Fácil, não é, mas garanto vale a pena.

Boa sorte e beijos a todos.

Foto: e-mocoes.blogspot.com.br

domingo, 22 de setembro de 2013

Maturidade e Liberdade

A separação deixou em minha alma uma marca difícil de ser apagada, mas a pouco tempo entendi que não deve ser eliminada, deve ser absorvida e através dela devo  amadurecer.
E como é complicado conseguir essa tarefa. 
A superação da dor, da humilhação, do cansaço causado por um ato falho, que calou profundamente no coração, e todas as consequências que se sofre por isso nos traz a certeza da derrota emocional e pessoal.
Eu tenho reconhecido alguns sinais de maturidade em mim, e junto com eles a liberdade de alguns atos. 
Seguir o caminho da libertação, implica em ter coragem e ousadia para pensarmos menos no que o outro vai dizer e mais no que é importante para para nós.
Estar diretamente ligada aos seus sentimentos e necessidades mais do que a aprovação de quem for, afinal, nossa vida nos pertence, e não sabemos o que é bom ou ruim para nós, quem dirá quem não está na nossa pele.
Outra coisa que se aprende vivendo as situações que vivi é que nada dura para sempre, nenhuma situação, condição ou qualquer outra coisa sobrevive para sempre, somente nosso espirito, e quando voltar nem  se lembrará totalmente do que aconteceu, por isso, devemos viver de acordo com o que achamos bom para nós, e com o que nos deixa feliz.
Cada um sabe do que necessita, a cada ano que passa começamos a entender que a juventude é apenas uma flor e que como tudo, tem seu ciclo; quando o ciclo acaba restam as raízes, que não são belas, mas é o que sustenta literalmente a flor. Concluo então que a beleza, é efêmera, assim como tantas outras coisas em nossa vida, e o que vale mesmo é o que conseguimos construir de sólido, de concreto, de sustentável para seguirmos.
A vida pode ser vazia, mas não precisa....
Todos temos coisas boas para mostrar e mesmo quando não conseguimos enxergar-las algumas pessoas conseguem, e talvez nesse momento esteja a magia, enfim.
Boas buscas. 
Eu estou me descobrindo a cada dia, com simplicidade, aceitando meus defeitos, buscando minhas qualidades e querendo distribuir o que vejo de bom no mundo.
Tente você também, afinal a vida é boa, mas não é fácil e se fosse fácil que graça teria? Através das dificuldades descobrimos nossa capacidade de mudança, nossa flexibilidade e adequação.
O mundo é do jeito que é e nós não podemos alterá-lo, mas podemos fazer isso conosco. 

Beijos

foto:site www.ocontradioriodenos.com.br