sexta-feira, 8 de abril de 2011

O PREÇO DA SEPARAÇÃO....

Olá, queridas amigas,

Já teve a impressão de que quando nos separamos, nos livramos daquele ser que nos fazia infinitamente infelizes, mas que no fundo nós somos prejudicadas?
Estive pensando profundamente sobre isso devido a alguns fatos que ocorreram.
Quero deixar bem claro que amo meus filhos, são minha força, meu incentivo, minha vida, mas ainda sou uma mulher adulta e com desejos, anseios e vontade de viver algumas aventuras.
Trabalho 8 horas por dia, depois chego em casa e ajudo as crianças a fazer as lições, arrumo algumas coisas e logo, logo já é hora de dormir.
Aos fins de semana a correria não acaba, só aumenta, e o "eu -mulher" vai ficando renegado ao tempo e espaço, enquanto isso os "ex's" se divertem o tempo todo, e não adianta dizer que não.
No meu caso, além de se fazer de vítima ainda dá pinta de garotão, como sempre quis.
Às vezes fico com raiva, não acho justo, mas quase sempre a raiva passa ao ver o sorriso dos meus filhos e quantas horas passamos juntos, conversando, vendo filmes, indo às compras e fico pensando "...será q sabe o que está perdendo?" Eu tenho certeza que não. Vão se dar conta na velhice, se não derem a sorte de casar-se novamente .
É complicado porque não quero misturar as estações, sabe? Filhos são filhos e minha vida emocional é outra coisa. Como não tenho vontade de me envolver com ninguém efetivamente, quando consigo uma brecha para sair, as crianças precisam ficar. Tem sido complicado, mas como costumo dizer, em breve eles que terão a própria vida, e eu não estarei assim tão velha, kkkkk.
Sou uma incentivadora para as mulheres que querem se separar, que são maltratadas ou menosprezadas pelos maridos ou aquelas que o amor acabou, mas sempre ressalto: "Fácil não é, mas é incrivelmente prazeroso."
Prazeroso porque você vira dona de si. Não tem que comunicar a ninguém suas decisões, seus desejos.
Se acordar inspirada e quiser dar uma volta no parque com as crianças é só levantar e ir, não preciso prestar conta dos meus atos ou aguentar cara feia de ninguém, reclamações e mau humor.
A liberdade não tem preço.....nem a felicidade, mas lembre-se, sempre ponha na balança o que realmente importa para você e sinta para que lado ela pende e tenha coragem  para tomar a atitude necessária ou viva plenamente sem reclamar.
Eu nunca reclamei, até porque, fora de casa ele era irrepreensível, mas dentro de casa só eu e Deus sabemos exatamento de que tamanho que era o calvário, mas águas passadas não movem moínhos....e a vida tem que seguir.
Sigo feliz por muitos e muitos motivos, mas sempre sobram alguns para me entristecer.
Vez por outra o favoritismo do meu filho pelo pai, outra por vez o derretimento da filha ...e a mãe fica ali, na espreita, observando o "bandido" roubando o ouro da mocinha.
Talvez seja ciúmes, talvez seja um sentimento de injustiça, talvez seja falta de maturidade, talvez seja falta de reconhecimento, e talvez seja o mais puro e simples egoísmo e talvez sejam todos esses sentimentos reunidos num único sentimento: INDIGNAÇÃO.
Indignação por nos doarmos tanto e termos que presenciar esse tipo de cena, mas sobrevivo, sobreviverei sempre.
Recolho minha indignação, rego com minhas lágrimas, e a guardo em algum lugar dentro do peito, vez por outra pode até ser que ela grite, exigindo algum tipo de atitude, algum tipo de manifestação, mas não farei a caveira do pai para os filhos. Os alerto para os defeitos, apesar de saber que só perceberão quando acontecer, mas acredito que estou fazendo a minha parte para que a dor da desilusão seja menor, ou talvez eu só esteja querendo diminuir a minha.....Como saber? O tempo dirá.
Pois é, amigas, é assim que sinto atualmente a situação, é com esses olhos que a vejo.
Queria muito saber até que ponto estou enxergando bem ou exagerando ( tenho uma certa tendência para o exagero).
Beijos a todas e espero que eu tenha ajudado, garanto que para mim ajudou, estou bem, bem mais leve....