quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A BENDITA PENSÃO



Ainda me considero muito nova nesta vida de mulher separada, tão cheia de emoções como se fosse uma montanha russa.

O pai dos meus filhos nunca foi uma pessoa fácil, e posso garantir que após a separação descobriu que eu posso ser bem difícil também.


Mas tudo tem seu momento de alegria e raiva, e na maioria dos casos digo a vocês que essa oscilação tem apenas um nome: pensão alimentícia.


Tem homem por aí que acha que por filho no mundo é fichinha. E acham isso por dois motivos: não são eles que põe no mundo realmente, somos nós e na grande maioria das vezes não são eles que criam e educam essas coisinhas lindas que com o tempo podem se transformar em monstros horripilantes se não tiver uma mãe dura e determinada, além de cheia de amor e consciente de que um filho é sua contribuição para o mundo.



Já tive brigas homéricas com o pai dos meus filhos por todos os motivos que vocês podem imaginar que envolvam meus filhos, mas não posso reclamar em relação à pensão, tirando um mês ou outro que me dá uma certa canseira e tenho vontade de torcer o pescoço dele, de resto vou levando.



Mas já ouvi histórias horríveis de homens que deemoram uma eternidade para pagar ou que parcelam a do mês e fico pensando....se não fossemos trabalhadoras determinadas a trilhar nosso próprio caminho, o que faríamos?



Tem mulheres que dependem dessa contribuição para comprar o que comer para os filhos, e o pai, não entende, ou quer pirraçar porque a escrava se rebelou, ou descobriu que podia jogar o mesmo jogo que ele, ou simplesmente decidiu ser feliz sozinha já que junto não tava dando.



Fico indignada com tamanha mesquinharia, com tamanha falta de bom senso, falta de amor com o próprio filho, porque será seu filho, independente de quantas namoradas ou esposas o pai tenha, ou de quantos namorados e maridos a mãe resolva ter, e isso dura a vida toda.



Amor de filho não diminui porque o pai muda de casa, diminui porque quando o pai muda de casa, corta vínculos, fere, às vezes não percebe a quem e magoa, e na maioria das vezes, a mãe não precisa mover uma palha, até porque as crianças hoje em dia são bem espertas, percebem por si só tudo o que acontece.



Se la vie......



Na realidade, eu gostaria muito que os pais fossem pais de verdade. Que se preocupassem com o bem estar dos filhos, não para criticar quem cuida deles, mas para participar da vida, participar dos momentos, cuidar daquele pedacinho que também é seu, mas que um dia será do mundo e daí, já era, vai ser muito tarde para qualquer outra coisa..



Beijos.....